Já mudei de país e cidade várias vezes, mas se calhar a mais dolorosa foi a última. Não só porque gostava de Barcelona, mas também porque tive a sensação de estar abandonando o Costa Concordia.
A Espanha tá afundando, e ninguém me convence que vai melhorar
Pelo contrario, as provas são todas que a melhor saída para o país é a saída mesmo. Este link dá para um artigo do El País falando sobre a emigração por causa de crises, um mal que a Europa passou por diversas vezes, e que a própria Espanha sofreu em vários momentos.
No último século, houve ondas de famílias que partiram para as Américas, para países caribenhos, como Cuba, e também exilados do regime franquista. Muita gente fugiu pra escapar da fome, e eles próprios ou descendentes voltaram quando, por influência da União Europeia, o país voltou a crescer.
E agora, todo mundo está indo embora de novo
O artigo é todo extremamente doloroso e sofrido, porque se está indo embora obrigado, em busca de uma vida digna que não era possível onde se está. Isso só aconteceu comigo lá. Mesmo o Brasil sendo o que era quando eu fui embora, ainda havia oportunidades para mim.
É algo que alguém com vinte e poucos anos que resolve sair do Brasil para fazer intercâmbio não entende. Ser expulso de casa é triste, muito triste.
4 Comments on “A tristeza de partir”
Eu tô como o capitão do Costa Concordia, só q do avesso: me recusando a sair do barco.
A culpa é do Barça, que não te deixa sair daí.
Vada a bordo, cazzo.
Barcelona tem disso, a gente vai embora obrigado.
🙁