Como escrever um post muito rápido

A primeira coisa é você esquecer a porcaria do seu subconsciente. O bastardo só serve para reprimir pensamentos na hora que você está escrevendo. Bote a sua ideia no papel, na tela ou em algum lugar. Deixá-la dentro de você dá câncer.

Aí, a segunda coisa é você desenvolver um pouco a ideia. Pensar nas consequências do que disse, dar um pouco de perspectiva, dizer como a coisa funciona à medida que o tempo se desenrola.

Depois, você dá um respiro. Tipo voltar a fazer o job que estava fazendo.

Quando você volta ao texto em produção, relê e apaga toda e qualquer referência que possa ferir suscetíveis sensibilidades, mas não todas, porque senão seu texto fica chato.

Aí você enfeita: faz um título e uma descrição pro SEO, escolhe uma imagem, bota as featured, no wordpress, bota umas tas e agenda pra daqui a duas semanas. Se, daqui pra lá, você lembrar de algo pra colocar no texto, coloca. Mas a deadline sempre será aquela, não pode ser modificada. Ou seja, ou você melhora o texto, ou não faz nada.

O resto é esperar os comentários, que nunca vem.

tempo do post: 10 minutos. Escrito especialmente pro @brunoscarto, a @alinevalek, o @rafaamaral e a @marcialira

0 Comments on “Como escrever um post muito rápido”

  1. Adorei a dica. Valiosa principalmente por vir do cara que é praticamente um Kerouac dos blogs! rsrs
    Meu próximo post vou tentar desenvolver nesse esquema! Vamos ver se funciona.

  2. Nossa, achei burocrático demais.
    Pelo jeito interpretei diferente sua dica no twitter.
    Fiz a primeira dica: escrever sem ensar muito a respeito.
    Pulei toda a etapa de maturação, coisa e tal.
    E trouxe o deadline para logo após o último ponto final.
    Se preocupar com consequências, sensibilidades, bla bla bla, é levar o texto/blog muito a sério, não acha?
    Abraço, mestre.

    1. Nós sempre nos preocupamos com a sensbilidade de algumas pessoas. Sou redator, então tenho o vício de sempre ter um público-alvo, e não posso escrever o que o público não quer ler.

      isso não quer dizer que eu não me permita escrever coisas que firam a sensibilidade de gente que não me interessa. Aliás, como bem Ovídio provou no post que ele espancou a Aline, às vezes a gente fere até gente que a gente gosta. 😀

      E recomendo agendar posts por duas razões. 1 – de vez em quando ,você lembra de algo que pode acrescentar ao texto já escrito e que tá pronto pra sair e 2 – você não segue essa mania que muito blogueiro tem de dar o furo, falar sobre o trending topic da vez, ou ser o primeiro a replicar uma notícia, que é mania de jornalista de headline.

      Eu gosto mais do jornalismo de coluna. As hard news pra mim raramente interessam.

      1. Tarrask, eu passei a gostar da Aline quando descobrir que ela gosta de chute. Foi completamente por acaso.

        E Rafael, eu concordo completamente com Tarrask sobre a diferença de coluna e notícia.

        Fora que agendar os posts tem uma terceira vantagem: permite que a gente pegue um pico de produtividade, de inspiração, e distribua num fluxo contínuo para o futuro. Isso deixa a gente com uma margem de emergência para os perídodos de seca.

        1. Hahahaha! Entre chutes e pontapés a gente se entende.
          Concordo com os dois: a ideia de agendar posts contribui até para a organização do blogueiro e para manter certa frequência na postagem do blog (coisa que eu não consigo manter de jeito nenhum no meu).
          Tenho muito a aprender! Desde escrever com mais desapego até começar a agendar meus posts!
          Ai, o que seria de mim sem esses tapas que eu levo aqui, né?

          hahahaha

  3. A ansiedade por compartilhar ideias faz com que em raras vezes alguém pense em escrever e publicar somente daqui a duas semanas. Mas, depois desse post,, vale a reflexão: será que o que publicamos às pressas ainda vale a pena ser lido daqui a duas semanas? Um escritores de livros, por exemplo, precisa manter seu texto atual o suficiente para continuar sendo interessante no lançamento, muitas vezes mais de um ano depois do texto ter sido escrito…

    Colocar no papel, refinar, respirar e então reavaliar. Vale o exercício. 🙂

    1. Pergunda séria, Gustavo: você gosta mais deste blog ou do meu posterous? Lá eu guardo tudo o que eu vejo de legal. É igual ao posterous de todo mundo: cheio das coisas que estão aparecendo hoje, e que ninguém vai lembrar daqui a duas semanas.

      Aí, quando eu releio o posterous, refletindo, eu consigo criar posts pra cá.

      Pessoalmente, não vivo sem o wkt. O posterous é completamente dispensável. Assim como as notícias. Não achas?

  4. Essa coisa de guardar um tempo para escrever também não funciona.
    Ou você escreve quando tá a fim e a inspiração aparece, ou não escreve.
    Eu não tinha notado a frase que é citada Cogito cogito ergo cogito sum, que quer dizer Penso que penso, logo, penso que existo.
    Eu a vi uma única vez antes, no ótimo livro do Umberto Eco Viagem na Irrealidade Cotidiana.
    Tentei usá-la algumas vezes, mas não deu.
    Até a próxima.

    1. Acho que você foi o primeiro a comentar isso. Cogito cogito ergo cogito sum são os posts daqui nos quais eu tento dar uma opinião pessoal, e quando achei a frase do Eco, achei perfeito pra isso.

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