Vocês já devem ter visto que o Mainardi resolveu escrever somente uma coluna por mês na Veja, né?
Bilhões de pessoas defendem o cara, outros bilhões odeiam, falam mal da Veja (insira aqui um pensamento-chavão e economize os meus dedos). Para um colunista que reproduzia o pensamento de milhões de leitores, mas que não chegava a dizer nada de novo, o cara conseguiu dividir uma horda em duas turbas e gerar incontáveis discussões inúteis. Quantas toneladas de paciência e pandas inocentes não morreram em bares e foros da internet enquanto existiam discussões sobre as opiniões do cara?
Quanto, usando as palavras dele, aporrinhamento tivemos todos nós que aguentar?
Ainda bem, pela paciência de todo mundo, que aquilo tudo acabou.
Acho que há duas coisas bacanas na notícia:
- O pessoal que é contra ele passa a ter um assunto (chato) a menos pra conversar. O Mainardi é o epíteto do chato, e nesta coluna termina assumindo: ele passou oito anos vivendo de odiar o Lula, o lulismo, etc. Alguém que vive de odiar é um chato e pronto. (ei, note que se você odeia o Mainardi ou a Veja, incorre no mesmo erro). Já é hora de alguém parar de jogar lenha na fogueira das vaidades e mudar de assunto. Como ele mesmo diz, já deu.
- Com menos inimigos e pessoas conversando sobre ele, Mainardi vai ter menos espaço. Vocês não devem lembrar de um post que eu fiz sobre querer ter um inimigo, acho. Quem tem um inimigo é necessariamente mais forte. Tem publicidade gratuita. Tem aliados gratuitos, por causa daquele pensamento de “quem é inimigo dos meus inimigos é meu amigo”. E o Mainardi não precisa disso. Ele precisa mesmo é ser deixado lá no canto dele, cuidando da vida dele, sem ódio nem atenções externas. Deixa o cara quieto lá, falando as coisas dele.
É, literalmente, um cenário de win-win. Todo mundo sai ganhando. Pena que demorou tanto a acontecer, e tanta tinta foi derramada na disputa.
Não aconteceu nada de importante pra ser discutido, mas bem, vivemos num mundo onde WikiLeaks é notícia e a opinião das pessoas é discutida, não os fatos.