E a hora que eu descobri que sou realmente azarado

Uma das tecnologias que andam ameaçando há décadas, mas que raramente funciona direito é o reconhecimento de voz. Tenho fé que algum dia vão conseguir, mas por enquanto é pouco mais que uma grande piada.

Siri que o diga.

Aí eu preguiçoso resolvi começar a procurar uma maneira de ditar notas, pra evitar digitar milhões de besteiras que tenho em vários cadernos. E descobri que nasci azarado.

Tive um iPhone 4S, e não podia usar a vadia da Siri porque não prestava meu sotaque em inglês não é bom o suficiente. Vejam bem: eu falo inglês suficiente pra sobreviver aqui, ao lado dos US and A. Os cubanos da Flórida me entendem. Mas as máquinas não.

Testo em espanhol. Mas, como todo lusoparlante, também tenho sotaque. Me resignei, e desisti da Siri.

Aí lembro que existe reconhecimento em português, pelo menos no Android. De Portugal e do Brasil também. Massa. Vamos lá.

Ou não. Nenhuma máquina entende “dobre a exquerda no Expinheiro, nas Graçax e nos Aflitos.”

Nem em português meu sotaque é compreensível pros robôs.

Mizera de Matrix do caralho.

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