Este é um trecho rascunhado para o meu post do Mercado no Ar sobre trolls que terminou não saindo porque seria quase uma trollagem.
Pra facilitar, não vou falar de redes sociais desconhecidas. Vou falar do dia em que o maior comunicador deste país trollou a maior rede social deste país.
Pense numa grande empresa de comunicação. Com muitíssimos profissionais talentosos, políticas de marca, manuais de marca, advogados, o pacote completo. Você imagina que eles sempre conseguem evitar serem trollados. Eles têm uma política de nunca citar marcas, nunca citar outras empresas de comunicação, e normalmente conseguem evitar. Até que…
Não dá pra impedir um troll. Por mais que a Rede Globo tenha uma política de nunca mencionar marcas, e muito menos mencionar a concorrência, era impossível não exibir este logotipo na final do Campeonato Brasileiro.
O que dá pra fazer num caso desses? O que você faria?
A política normal da Globo é ficar calada. Não mencionam, tentam não fazer marola, por pior que seja a brincadeira, o #Calabocagalvão. Profissionalmente, é uma maneira mais inteligente de lidar do que, por exemplo, processar, como a Folha de S. Paulo faz no caso Falha de São Paulo.
Mas tão tirando onda da minha cara! Eu quero reagir!
Eu disse que os trolls pensam como bullies. Lembrem da primeira lei do bullying, que você aprende na escola:
Se você reclamar do apelido, ele cola. E se chamar a professora, ainda fica com fama de apelão.
Não pode reagir chamando professor, polícia, justiça ou nada disso. O segredo é chamar o primo, que é mais troll que ele, ou então tirar onda do troll. Nas brigas de pátio, é o mais esperto que ganha, não o mais forte.
Mas é assim tão difícil gestionar marcas? Precisamos mesmo pensar que estamos no jardim de infância?
Os trolls querem diversão. A sua marca pode ficar lá em cima, no apartamento, ou descer e entrar no jogo. Aceite as regras. Afinal, se não aguenta brincar, não desça pro play, menino de apartamento.