O único livro de propaganda que você realmente precisa ler

O livro de ouro da publicidade

Quem me conhece, sabe que eu adoro comprar livros. Compro por peso, e leio o que aparecer pela frente.

Então, foi natural começar a fuçar desesperado por informação quando entrei na universidade e comecei a estudar propaganda. Era no meio da Idade das Trevas, nem tinha computador direito, gente não sabia a diferença entre @ e www, enfim, três séculos atrás.

Lembro que, no terceiro período, já tinha mais livros de propaganda que a UFPE. Tenho ainda boa parte deles, e da próxima vez que for ao Brasil, vou separar e doar pra universidade. Há muito material repetido, e outras coisas ultrapassadas.

Também comprei anuário até dar com o pau. Acho que tudo o que ganhava nos estágios era pra pagar anuário e Archive. Por isso, não se ache um estagiário liso se você tem tantos blogs livres e grátis, e com muito mais informação. E pesquisar anúncio no papel era muito mais chato.

Dentre os livros de propaganda que eu achei, via referência ou citação, tinha um que todo grande publicitário recomendava, mas que eu só lembro de ter visto 2 em Recife: um na Martpet e um na Plano b). Tinha um título simples (ó, ironia bastarda): The Copy Book. O livro do redator. Ou o livro do cara que escreve texto de anúncio. Sim, tem duplo sentido.

Era normal que pouca gente tivesse. Era em inglês, coisa que é ótima na Archive, aquela revista pra quem gosta de Photoshop, mas não é bom pra maioria das pessoas que quer ler mais de três parágrafos. E este livro estava cheio de anúncios de página inteira.

Só pra redator?

É, pequeno crocodilo, um anúncio com uma página inteira de texto. Se você nunca fez um bom, abaixe as orelhas que você ainda não é um redator foda. E se você não consegue nem lembrar de um anúncio só de texto foda, volte a estudar.

O livro foi publicado em 95, e em 2001 já era esgotado e tratado por preciosidade por quem tinha. Faça um teste. Mande um email pra todo diretor de criação foda que você conhece que é redator. Pergunte se ele tem.

Aliás, mande pros diretores de arte que você considera foda. Se ele responder dizendo que não tem esse livro, tá na hora de rever os seus conceitos.

Merchandising

Não, eu não estou escrevendo este post porque coloquei o link ali não. Tô escrevendo porque o Ben Kay também fez um post babando o Copy Book.

E ao ler o post, lembrei que este foi um dos livros que eu sempre quis comprar e nunca achei pra vender. Nos sebos, só encontrei acima de 200 dólares, e eu sou pirangueiro. Aí, o D&AD e a Taschen fizeram uma versão atualizada.

Acabei de comprar o meu, por via das dúvidas. Quem sabe um dia eu aprendo a ser um bom redator?

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