Pau que nasce torto nunca se endireita

Dava pra escrever muito sobre o assunto, mas o assunto me dá raiva e preguiça.

Hoje teve a segunda temporada do julgamento do mensalão. E perdeu a graça. O plot ficou fraco. Entraram uns dois personagens novos sem muito carisma, e nem tem mais discussões acaloradas, babados, nada. A gente precisa mudar de série.

Mas parece que os roteiristas, ao invés de fazer uma season finale qualquer, vão decidir por mais uma temporada.

Ano que vem vai ter mais.

Quando eu reclamo, no meu trabalho, do anúncio que vai, vem, muda o briefing, edita de novo, o jurídico manda mexer num termo, etc etc etc, eu me irrito. Mas para economizar meu estômago, agora vou pensar que eu poderia ser um funcionário público do STF, condenado a passar 10 anos de carreira imerso em um único e miserável projeto, sem pé nem cabeça, de milhões de páginas, cuja única função é gerar manchetes de jornal e conversas de taxista, e que no final vai expirar, inútil, esgotado pela morte dos réus ou pela prescrição derradeira.

A justiça brasileira só vai funcionar no dia em que adotarem as deadlines, como qualquer profissão produtiva.

 

* nota: tentei bastante não deixar transparecer um lado. Mas, se você realmente faz questão de saber o que eu acho, leia aqui uma lista longa, ou simplesmente entre no meu partido, o Vamos Prender Todo Mundo Que Já Foi Deputado.

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