Uma rápida elegia para o meu macbook morto. Porque, às vezes, as máquinas conseguem ser tão importantes quanto as pessoas.
Há dois meses, depois de cruzar o oceano várias vezes, participar de momentos-chave da minha vida, guardar informação confidencial sobre a vida dos outros, viver loucas aventuras em minha companhia, meu macbook morreu.
Lembro até hoje a carreira, de ir na imigração espanhola pela manhã resolver pendências hoje insignificantes, porque não moro mais lá, para ir à tarde correndo comprá-lo, e depois ter que tirar todo o dinheiro do banco, porque não aceitavam compras de mais de 400 euros no cartão. E voltar, no metrô, com o bixinho dentro de uma caixa, louco para ligá-lo. E ter que ficar uma semana usando-o sem os meus arquivos, que estavam no macbook que eu tinha acabado de vender.
Foi usado pra escrever livro, manter relações familiares, requentar conhecimento, editar foto, pesquisar besteira e até como tela de cinema pra estudante pobre. Uma janela pro mundo.
Serviu até pra receber elogios, por causa do adesivo da Stella Im Hultberg que a minha irmã deu de natal.
HAL 9006 era o código dele nas redes. Aguentou muito mais do que era necessário para se tornar lendário para mim.
Rei morto, rei posto. Espero que o seguinte, não portátil, consiga ser a metade de último que o anterior conseguiu.
2 Comments on “Do machines dream of electric sheep?”
Se o novo não é portátil, como você vai discotecar na próxima visita à PB?
iPad. 😛