Um laboratório dentro das agências de propaganda

Qual foi a última vez que você tentou fazer algo novo profissionalmente?

Tipo, usar uma tecnologia nova e não usada para resolver o problema de algum cliente? Ou propor uma solução inédita?

Não estou falando de criar um flashmob, nem fazer um foursquare ou a próxima mídia social.

Estou tentando me referir a experimentar algo que ainda não saiu em lugar nenhum.

Um post sobre laboratórios em agências de propaganda

Quando eu falo em agência, também posso imaginar um profissional. O mercado sabe a diferença entre um cara que propõe a última tendência e o cara que fica tuneando os elementos, misturando tecnologias, ideias e conceitos para criar algo novo. É a diferença entre a criança que tinha o melhor presente de Natal e o que ganhava um Lego e inventava um brinquedo melhor ainda.

Mas o que fazer?

Tem agência que ganhou tudo o que podia inventando de misturar o iPod com um tênis. Tem agência que inventou um programa para escrever textos, e resolveu liberar grátis por aí, só porque é legal (ou pra divulgar o próprio nome, mas tergiverso), tem agência que cria produtos, ou co-produtos com clientes.

Ou lança um blog, uma revista, um canal de comunicação próprio.

O que é necessário para criar um laboratório de inovação

Atualmente é uma das coisas que ando pensando bastante, porque tenho de sobra o primeiro e mais necessário elemento: tempo livre. Sem tempo pra brincar, testar e errar, ninguém consegue criar o novo. A segunda, é não ter medo de experimentar. Pra isso, claro que é mais interessante ter marcas que possam arriscar. Por exemplo, criar um site de alguma coisa, e fazer toda a parafernália técnica ao redor (se você nunca criou na API do Facebook, na hora de propor qualquer coisa ao cliente, vai sofrer mais, porque não sabe).

Vale para pessoas físicas também. Pega teu blog sobre qualquer hobby, conecta ao Facebook, ao Twitter, automatiza os processos. Pelo menos, poderá aprender como funciona a automatização. Aí, na hora que você sentar com os programadores, e alguém te soltar que é impossível fazer aquilo com WordPress, você não fica com cara de perdido.

A terceira coisa é não separar isso do trabalho do dia-a-dia. Sério. Você não pode inovar só 20% do seu tempo, como também não pode twittar somente no sábado à tarde quando não estiver trabalhando. Tem que estar 24 horas por dia pensando em como conectar conceitos novos, melhorar processos, entender porque as pessoas fazem o que fazem. O laboratório de inovação está sempre dentro da sua cabeça.

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