TED Talk da segunda: What the consumer wants? – Joseph Pine, 2004

Na segunda-feira, deus-comerciante criou o comércio.

Na terça, os produtos.

Na quarta, o diabo transformou os produtos em commodities, então deus criou os serviços.

Na quinta-feira, deus criou a internet e tudo virou commodity.

Na sexta, criou as experiências, e tudo agora é experiência. Os vinhos, uva destilada e fermentada, ainda são uma das coisas que são consumidas em massa em maior quantidade, entretanto são as coisas melhor marketizadas do mundo, porque são, fundamentalmente, uma experiência. Você compra a história dos vinhos do Duero/Douro, a doçura tradicional do Porto ou o Cava, somente se forem feitos no local que indicam, com as uvas indicadas, com os rótulos impressos com os nomes das famílias certas, senão a experiência não é válida. Você se sente roubado se comprar uma garrafa de Chateau  Lafite por 3 euros, porque sente que não há a mesma qualidade, mesmo qualidade sendo um fator relativo e não mensurável.

Joseph Pine, autor de Mass Customization e The experience economy, falou, em 2004, no TED, sobre este processo de comoditização dos mercados, e o que os consumidores querem ao comprar produtos, que tipo de experiências buscam, e o que as torna tão importantes. Em menos de 13 minutos, no vídeo no final do post.

O que torna as experiências tão importantes? Autenticidade. É preciso parecer autêntico, e isso validará as experiências, seja um passeio na praia ou uma ida à Starbucks. As pessoas querem algo que não pareça falso, como quando a Coca-Cola vende felicidade (que é algo que pertence à herança da marca) ou quando Volvo vende segurança.

Cita Shakespeare para justificar o que é autenticidade. Polônio, em Hamlet.

This above all: to thine own self be true,
And it must follow, as the night the day,
Thou canst not then be false to any man.

E dá 3 regras finais para resumir o que é autenticidade:

1- não diga que é autêntico. Normalmente, quem diz que é bonzinho é o vilão do filme.

2- é mais fácil ser autêntico se você não diz que é autêntico. Se você diz que é o mais barato da cidade e não for, será visto como mentiroso. Se não diz, o consumidor vai saber (afinal, ele sabe quanto vai pagar, não?).

3- se você disser que é autêntico, é melhor que você seja mesmo.

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